sexta-feira, 6 de julho de 2007

05.07.2007 - Campo Grande - Corumbá - Puerto Quijarro - Santa Cruz, "PÁRO" y TAM

Chegamos em Campo Grande às 05:30 da manhã do dia 04, quarta-feira. Muito movimento, correria e bagagens, isso porque os mochileiros de Londrina carregavam as bagagens de Vitor e Willian.

Enquanto Naty e Alexandrina foram ao banheiro da rodoviária, hippies abordaram Ricardo e Wagner para mostrar-lhes um tal de "brinquedinho", o que fora prontamente recusado por ambos e os hippies "enchotados" dali.

Às 06:30 o grupo se uniu (já que Vitor e Willian chegaram do Rio de Janeiro) e partiu para Corumbá. Uma viagem um tanto tensa.

Primeiro porque o ar condicionado do "bus" quebrou. Ficamos uma hora em "Aquidauanus", quer dizer Aquidauana!

Ali, as "cholas" vendiam chipas, um genérico de pão de queijo.

Após o conserto do ar, uma nova surpresa no percurso: um, aparentemente inofensivo "chiquito" de aproximadamente treze "años" se dirigiu ao famigerado banheiro do bus, que no momento se encontrava todo fechado, em razão do normal funcionamento do ar.

Passaram-se aproximadamente cinco minutos, quando todos do ônibus descobriram que aquele menino não era tão inofensivo quanto imaginávamos. Na ocasião conhecemos "o Evo" antes mesmo de chegarmos na Bolívia. O menino havia comido vários "huevos" podres. :-)))))

O cheiro do atentado foi tão intenso, que uma graciosa menina com toda sinceridade expressou em alto e bom tom o que todos ali sentiam: "- Tio, que fedô tio!!!!!"

Após estas palavras todos os passageiros passaram a ter as duas mãos ocupadas!! :-) Enquanto uma prendia os septos nasais, a outra disfarçava o riso contido.

Ônibus Campo Grande - Corumbá

Apesar de tudo, a paisagem pantaneira compensava o desgaste, com seus vários jacarés, garças e outros tipos de aves não identificadas, bem como com sua vegetação.

Chegamos em Corumbá à três da tarde. Pegamos nossas passagens do trem da morte e partimos a pé até o centro da cidade. Foram as sete quadras mais difíceis da vida de todos: descobrimos que devíamos ter trazido metade das coisas que trouxemos! As costas ainda doem....

Em frente à Estação Ferroviária Oriental

Atravessamos a fonteira tranquilamente. Chegamos em Puerto Quijarro por volta das quatro horas. Cidade bicolor: azul do céu, areia do chão.

Um fato inusitado aconteceu após termos entrado na estação ferroviária Oriental; Wagner, após avistar a placa "baño", inocentemente, se dirigiu até lá para tomar uma ducha. Após adentrar ao banheiro, decpcionou-se ao verificar que ali não havia chuveiro, mas apenas um vaso sanitário. Depois, uma senhora boliviana explicou a ele que "baño" significa que tem vaso sanitário e não ducha. :-)

Foi a primeira palavra em espanhol que Wagner aprendeu na Bolívia. ;-)

Enquanto esperávamos até às 19:00 para pegar o trem, filmamos e brigamos. Não uns com os outros, mas sim com os pernilongos potentes e insistentes. Eram mais de vinte por pessoa.

Saída para Santa Cruz de la Sierra

Durante a viagem do trem, nos surpreendemos com o conforto das poltronas reclináveis e com as excelentes refeições. Inclusive assistimos ao novo filme do Mister Bean.

Delicioso jantar servido no Ferro-bus da classe Semi-cama

Todos dormimos até de manhã. Acordamos um pouco antes de chegarmos em Santa Cruz de la Sierra, a cidade mais rica da Bolívia. Apesar do ar interiorano, a cidade possui mais de um milhão de habitantes.

Já no terminal bi-modal, rodoferroviária, descobrimos que não havia ônibus para La Paz, em razão de um "páro" (bloqueio nas estradas que ligam Santa Cruz a Cochabamba, e esta, a La Paz). Segundo informações locais, o protesto era dos universitários e dos "campesinos" da região de Cochabamba, que são contra o desejo de Autonomia do "Departamiento" de Santa Cruz de la Sierra.

Espera na rodoferroviária de Santa Cruz

Tivemos que recorrer ao avião. Após muita luta "lucha", conseguimos seis lugares num avião da TAM - TRANSPORTE AÉREO MILITAR. Os gastos foram maiores do que o previsto, porém, de avião é a única forma de chegar a La Paz no caso de bloqueios. Chegaremos em La Paz em 1 hora, em vez de 16 horas no bus. Por outro lado, não teremos tempo de nos adaptar à altitude, chegando diretamente aos 4.100 metros do aeroporto de La Paz, e não de forna compassada.

À tarde, aproveitamos para conhecer Santa Cruz. Comemos num restaurante típico muito bom, chamado "Casa del Camba". Tiramos algumas fotos na "Plaza Veinte y Cuatro de Septiembre" e na Catedral.

"Chola" e seus filhos ao lado da Catedral da cidade mais rica do país mais pobre da América do Sul

Turma na "Plaza Veinte y Cuatro de Septiembre", com Catedral ao fundo

Almoço no "Casa del Camba" (Na foto, os aventureiros e os amigos do Vitor, Fernando e Marcella)

O trânsito da cidade se demonstrou caótico, cheio de carros de marcas japonesas buzinando sem parar. No entanto, o táxi era barato. Pagamos menos de um real por pessoa ao irmos no Corolla 1975 em oito pessoas, ao som de Michael Jackson! haha

Mochileiros no Táxi

Trânsito caótico de Santa Cruz de la Sierra

Estamos hospedados na casa de uma amiga do Vitor, Marcella, também de Barra do Garças, que cursa a faculdade de Medicina aqui em Santa Cruz. Fomos muito bem recebidos e guiados pela cidade por ela e mais um amigo.

Nosso avião militar parte às sete da manhã de amanhã (06'07'2007) com destino a La Paz e a seus 3.600 metros de altitude (e ao aeroporto, a 4.100 metros de altitude).

Um comentário:

Anônimo disse...

olas...bakna suas viagens ...qnto q vcs pagaram no trem da morte??? obrigado